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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Saunta Posca

     Saunta Posca



     Um dia de manhã, o Mirélio, o primeiro a chegar à escola, viu um ser estranho na relva. Cheio de medo, escondeu-se à nossa espera. Chegou o Gabriel, outros colegas e, finalmente, o professor.
     O professor acalmou-nos e olhámos então para o estranho ser com atenção. Era do tamanho de um cão médio, seis patas, duas asas grandes, cauda pequenina, focinho semelhante a um porco e dois grandes olhos salientes.
A descoberta do Saunta Posca

     O estranho ser aproximou-se de nós lentamente. Nós recuámos, mas a Mafalda
aproximou-se e tentou fazer-lhe uma festinha; ele gostou. Começámos todos a fazer festinhas, mas o professor mandou-nos afastar e disse:
- Temos de ter cuidado, não sabemos que ser é este. Eu vou ligar para a Faculdade de Ciências.
A Mafalda a fazer-lhe festas


     O professor mandou-nos para a sala, pediu à auxiliar que ficasse a tomar conta do ser estranho, e foi telefonar.
     Entretanto, nós, conversando, decidimos dar um nome ao estranho ser:  Saunta Posca.
     Quando o professor veio do telefone, disse-nos que já tinha comunicado o aparecimento daquele ser à Faculdade de Ciências e que eles, rapidamente, iriam mandar alguém. Nós dissemos ao professor que tínhamos escolhido um nome para aquele ser, e que era Saunta Posca. O professor disse:
    _Olha! Que nome tão engraçado!
    Passadas umas três horas, ouvimos um carro que parou perto da nossa escola. Saímos muito entusiasmados; era já a Faculdade de Ciências que ali estava. E que engraçado: naquela equipa de investigadores vinha a Irina, a filha do professor.
     Foram ver o Saunta Posca e disseram:
    - Não fazemos a mínima ideia sobre esta espécie. Temos de o levar connosco.
     Nós já nos tínhamos afeiçoado ao bicho. Ficámos muito tristes, mas perguntámos:
     - E vão trazê-lo de volta?
     E eles responderam:
- Sim, não se preocupem.
     O professor despediu-se da filha e a equipa de investigadores foi-se embora com o nosso Saunta Posca.
A carrinha da Faculdade de Ciências leva-o

          Nos dias seguintes, nós andávamos ansiosos por receber notícias do nosso Saunta Posca. Estávamos sempre a chatear o professor para telefonar, mas ele dizia:
     - Tenham calma, não vale a pena estar a perturbar os investigadores.
     Até que um dia…Duas caras conhecidas apareceram à porta da sala. Era a Irina e o chefe da equipa de investigação da Faculdade de Ciências. Como acontece sempre, não conseguíamos ficar calados.
- O que é que o Saunta Posca come?
- O que é?
- Onde é que ele está?
- Quando é que o trazem?
     O professor, que se chamava José Lourenço, tentou acalmar-nos:
- Se vocês se calarem, nós explicamos tudo.
     Como por milagre, fêz-se um silêncio nunca visto na nossa sala.
     Então, a Irina disse:
    - Temos ótimas notícias para vocês. O professor José vai explicar.
A Irina e o professor José Lourenço

     Conseguimos ficar muito caladinhos. O professor José começou então:
    - Quando chegámos à Faculdade, convidámos todos os biólogos para virem ver o ser. Ninguém fazia a mais pequena ideia do que era. Não sabíamos o que fazer. Por sorte, ele alimentava-se como um omnívoro e não era tímido, comia, comia…. Até que alguém sugeriu tirarmos fotografias e enviá-las para as melhores universidades de todo o mundo.
     No dia seguinte, da Universidade Simon Fraser, de Vancouver, Canadá, chegou a seguinte mensagem:
  “ Vocês são uns sortudos. Encontraram um ser quase único. Só conhecemos mais três e estão precisamente na nossa universidade. Chamamos-lhes pig-fly (porco-mosca), pereirus pereirus. Gostávamos que nos enviassem o vosso, para analisá-lo, já que estamos habituados a lidar com eles. Ah! E isto é segredo absoluto. Esta investigação é secreta”.
     Apanhámos um avião assim que pudemos; fomos levar o vosso Saunta Posca.
     Uma semana depois, recebemos uma nova mensagem:
     “Parabéns. É uma fêmea. E está grávida. Vai ter 16 crias brevemente. Temos quase a certeza que vamos recuperar a espécie. Continuaremos a dar notícias”.
     E é assim, meus meninos. Estão ligados ao nascimento de uma nova espécie. E a investigação vai ser divulgada. Mas vocês são os primeiros a saber. Estão contentes?
     A Sara gritou:
     - Sim, e queremos um para cada um!
     O André, pensativo, pediu para falar:
     - Mas se a nossa Saunta Posca está grávida, tem de haver um macho.
     O professor observou, concordando:
     - Sim, realmente não se conhecem mamíferos hermafroditas…
     O Renato, entusiasmado, exclamou:
     - Vamos à procura do porco-mosca macho!
     Como cientistas famosos que agora passaremos a ser, esperamos encontrá-lo.
Os outros 3 porcos-mosca, muito felizes


      Trabalho original realizado pelos alunos da turma B, concluído em Fevereiro de 2012, no âmbito do concurso Pequeno Grande C.



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