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quinta-feira, 5 de março de 2015

Uma Aventura Literária 2015 - Texto original - Trabalhos concorrentes 3.º/4.º ano

Uma aventura pelo cano abaixo

     Era uma vez, lá na Gordolândia ( a cidade dos gordos), um homem muito, muito, muito gordo. Chamavam-lhe Gordálio. Tinha cabelo azul, dentes roxos, vestia-se apenas com uma fralda (pois não lhe servia mais nada no corpo). Usava sacos-cama como meias e comia um leitão inteiro como pequeno-almoço. Um dia, no monte onde vivia, acabaram todos os leitões da vara e o pobre Gordálio deixou de ter pequeno-almoço.
     Encontrou um outro terreno com porcos e decidiu instalar-se. O pior, foi quando o dono do terreno chegou.
     - Quem se atreve a invadir o meu terreno? – perguntou.
     - P…p…p… peço d… d… d… des…cul…pa…desculpa – disse o Gordálio, cheio de medo.
     - E quem és tu?
     - Eu sou o Gordálio – disse ele, desatando a correr.
     - Hei, tem lá calminha! Eu não disse para te ires embora, simplesmente perguntei quem eras.
     O dono do terreno (Zuzé  Porcosco), começou a conviver e a criar amizade com Gordálio e disse-lhe:
     - Tenho uma proposta para ti, Gordalinho.
     - O quê, vá, diz lá o que é.
     - Tenho ali um jacuzzi, que é capaz de te dar jeito.
     - A sério? Vamos lá ver!
     Muito entusiasmado, Gordálio caminhava atrás de Zuzé Porcosco.
     - Mas isto parece uma sanita! – disse Gordálio.
     - Não é nada, é um jacuzzi, não vês? Tu vais lá para dentro e eu ligo as massagens.
     - Na, na, na, não é assim. Primeiro quero vê-lo em ação.
     Mas Zuzé Porcosco tanto insistiu, que acabou por convencê-lo a entrar no jacuzzi. Zuzé  logo despejou o autoclismo “as massagens” e Gordálio viajou para dentro dos canos.
     - É a vingança por teres invadido os meus terrenos- disse Zuzé Porcosco.
     Enquanto viajava e explorava as profundezas dos esgotos, Gordálio sentiu um impacto e logo se apercebeu que tinha ficado preso devido à sua gordura. Passou horas a tentar soltar-se, mas nada de nada resultou. Passou-lhe um peixinho ao lado e logo lhe perguntou:
     - Dás-me uma ajudinha, por favor?
     Mas continuava sem sinal de ajuda. Do nada, lembrou-se que tinha o telefone no bolso de trás das calças e logo começou a bater com o rabo no tubo à espera que marcasse algum algarismo e que alguém o socorresse.
     - Até que enfim – disse o Gordálio. – Marquei  um número.
     E logo o número era da sua vizinha. Contou-lhe o que se passava e, imediatamente, a vizinha contatou a manutenção. Esperou, esperou, mas nada acontecia. Foi então que ouviu um estalo. Era o tubo, que já não aguentava com aquele peso e caíu. O pobre Gordálio foi levado pelas águas até uma pequena porta redonda, abriu-a com cuidado e logo a atravessou. Essa porta foi dar de novo ao terreno de Zuzé Porcosco. Todo molhado e a chorar, Gordálio saíu disparado e foi parar aos braços de Zuzé.
     Mas nada de conversas. Gordálio simplesmente pegou nas suas coisas e voltou para o seu lar desde pequenino, onde foi recebido de braços abertos pela sua família.
     - Gordolândia é a nossa casa – disseram em coro!!!

Juliana Sofia Rebôcho Manuelito
EB1 de Zambujeira do Mar -  fevereiro de 2015

4.º ano


Aprender coisas novas

     Era uma vez dois pobres golfinhos que viviam no mar, num lugar frio.
     Um dia, um pescador andava a pescar cardumes de sardinhas; e quando se preparava, deixou cair a rede ao mar. De repente, sentiu o barco a mexer. Eram dois pobres golfinhos!
     A rede começou a mexer-se mais e, de repente, abriu-se um portal. Os golfinhos estavam preocupados e o portal começou a puxá-los. Eles fecharam os olhos e quando abriram os olhos, viram um quadro com o abecedário.
     Os golfinhos foram parar ao paraíso das letras e começaram a sentir coceguinhas, eram as letras.
     - Quem são vocês? – perguntaram as letras “l” e “m”.
     - Eu sou a Mariana! – disse um dos golfinhos.
     - E eu sou a Leonor! – disse o outro golfinho.
     - Adoramos os vossos nomes! – exclamaram o “l” e o “m”.
     Todos estavam à volta dos golfinhos, menos a letra “h”, que estava com inveja.
     A letra “h” foi ter com os golfinhos e perguntou:
     - Mas afinal quem manda aqui?
     - Desculpe, senhora “h”! – disse a Leonor, assustada.
     - Nós só queríamos voltar para casa. – disse a Mariana, também assustada.
      Entretanto, ia surgindo um enorme buraco.
     - É o portal, é o portal, vamos voltar para casa! – gritaram os golfinhos em coro.
     Numa escola também surgiu um enorme buraco.
    - Afastem-se meninos! – gritou a professora, ainda mais assustada.
     À medida que o buraco se abria, iam aparecendo letras atrás de letras, até que apareceram dois golfinhos. AS professora ligou para o Zoomarine e os biólogos vieram busca-los; e as letras foram para um museu.
     Os golfinhos não estavam felizes no Zoomarine, nem as letras no museu, mas a letra “h” escondeu-se e não a apanharam.
     No dia seguinte, no Zoomarine e no museu, o gigante buraco apareceu de novo, os golfinhos entraram e as letras também; foram parar à praia, onde estava a letra”h”.
     - Como vieram aqui parar? – perguntou a letra “h”.
     - Porque queres saber isso? – perguntou a Mariana.
     - Porque não gosto de vocês e não quero que andem atrás de mim! – exclamou a letra “h”.
     A letra “h” arrependeu-se e pediu desculpa:
     - Desculpem amigos…
     - Amigos? – perguntou a letra “a”, impressionada.
     - Sim amigos, por favor! Estou arrependida, por favor! – exclamou e implorou a letra”h”.
     - Está bem, mas com uma condição. Ensina-nos a atar sapatos e nós ensinamo-vos a nadar. – disseram os golfinhos.
     - Sim, vou à procura de um sapato. – disse a letra “h”.
     - Assim já gosto de ti! – exclamou a Leonor, entusiasmada.
     - Encontrei! Encontrei! Encontrei uma bota! Cruzam-se os cordões, um dos cordões passa-se por baixo e apertam-se os dois, faz-se uma argola, o outro cordão enrola-se à volta da argola e passa por baixo dela, e puxam-se as duas argolas. – explicou, muito bem explicadinho, a letra “h”.
      - Mas como fazemos nós?- perguntou a Mariana, preocupada, porque não tinha mãos.
     - Vocês não conseguem mas eu ajudo-vos. – disse a letra “h”.
     - Vamos às aulas de natação!!! – disseram as letras, em coro.
     Passados 26 dias…
     - Um dia para cada uma! – explicou a Mariana.
     - Pois, é difícil. – disse a Leonor.
     - Nós temos de ir embora. – disseram os golfinhos, tristes… - Já fizemos tudo o que era possível, nunca vos iremos esquecer, adeus, precisamos de voltar para casa. – disseram, a chorar, os golfinhos.
     Os golfinhos mergulharam e voltaram para casa.
     De repente, as letras ouviram um som, eram os golfinhos.
     - Eles voltaram! – gritaram as letras.
     - O nosso lugar é com vocês! – exclamaram os golfinhos.
     - Vamos à praia! – gritou a letra “p”.

Maraina Morais e Leonôr Corte – 4.º ano
EB1 de Zambujeira do Mar
30/10/2014

O meu golfinho
      No sábado à tarde, uns amigos da minha mãe vieram passar um fim de semana na Zambujeira do Mar. Vieram à minha casa cumprimentar-nos e disseram que se iam despedir da Praia de Nossa Senhora.
      De repente, a minha mãe ouviu uma voz:
     - Bela, Bela, Bela, está um golfinho na praia. Tens algum número de telefone da Polícia Marítima?
     - Não, só tenho GNR, mas posso ligar-lhes para eles ligarem para a Polícia Marítima.
     E assim foi.
     E eu pedi à minha mãe:
     - Mãe, podemos ir ver o golfinho?
     - Vou pensar.
     - Vá lá!
     - OK!
     - Bora!
     Eu vi o golfinho e fiquei triste mas ao mesmo tempo feliz. Fiquei triste porque ele estava muito mal e fiquei feliz porque nunca tinha visto um golfinho no mar. Toquei no golfinho e apoiei-o; a praia estava suja e aproveitámos as garrafas: enchia-mo-las e íamos molhar o golfinho que estava enrolado numa rede enorme. Alguém tinha um canivete com que se cortou a rede, o golfinho estava todo ferido e arranhado, tenho pena dele!
     Descobrimos que era uma fêmea. Ela estava muito assustada, nadava de olhos fechados, só chocava contra as rochas, só chocava!
     Era um golfinho de 1,50 m e mais de 100 Kg; tinha na barriga uma cor ligeiramente diferente.
     A Polícia Marítima veio e ligou para os biólogos do Zoomarine. Ao fim de 3 horas chegaram. Eu quero aprender e quando for grande é onde eu vou trabalhar, vou trabalhar no Zoomarine!
     Disseram-me que o golfinho morreu! Eu voltei a chorar.
     Eu gosto muito de golfinhos!
Mariana Morais - 4.º ano

EB1 de Zambujeira do Mar – Setembro de 2014


A aventura da borracha e do menino

   Era uma vez uma borracha que vivia num estojo com o seu irmão afia, com a sua mãe tesoura e o seu pai lápis. Um dia, ela perguntou ao pai lápis:
  - Posso ir dar uma volta?
  - Sim, mas tem cuidado.
  - Está bem. Adeus, pai.
   Ela foi andando, andando  pelo jardim, até que deu conta que estava perdida. Depois, uma mão humana de um menino  apanhou a borracha e disse:
  - Esta borracha deve estar perdida, vou ficar com ela.
  - Não, por favor, eu tenho dono.
  - Onde é que ele mora?
   - Mora numa casa normal e tem um estojo que é a minha casa. Está lá a minha família.
  - Então, vamos procurar a tua casa.
  - Boa ideia, vamos ao trabalho!
   Eles foram procurando a casa até que encontraram um lobo. A borracha exclamou:
  - Que assustador! Vamos fugir!
   Eles fugiram, até que chegaram a um rio. O menino perguntou:
  - Como vamos passar? O lobo está à nossa procura e nós não conseguimos passar!
  - Vamos pôr um grande pau no meio e passamos por cima do pau.
  - Boa ideia, vamos lá.
  E assim fizeram. Passado um grande bocado, a borracha disse:
  - Está frio! E estou cheia de fome!
  - Não te preocupes. Vamos construir uma casa.
   Eles foram buscar paus, folhas e cocos. Os paus para a parede, as folhas para o telhado e os côcos para comer. Era hora de dormir. À noite, o menino ouviu a borracha a chorar e perguntou-lhe:
  - O que se passa?
  - Estou cheia de saudades da minha família.
  - Vá lá, não chores. Amanhã vamos procurar a tua família. Agora dorme.
   Era de manhã, era de novo um grande dia. A borracha foi acordar o menino.
  - Acorda preguiçoso, já é muito tarde.
  - Mas ainda só são sete horas da manhã!
  - Eu costumo acordar, lá na minha casa, às cinco horas da manhã.
   Ele levantou-se e disse:
  - Vamos lá então procurar a tua família.
   Eles foram andando e chegaram ao pé de uma colmeia. Como o menino tinha medo de abelhas, atirou uma pedra à colmeia. E a borracha disse:
  - Não, assim elas vão atrás de nós.
  E foi o que aconteceu. Fugiram até que viram um lago.
  - Vamo-nos atirar ao lago!
  - Mas eu não sei nadar!
  - Salta para a minha mão!
  Estavam os dois na água, quando ouviram:
  - Borracha, borracha, onde estás?
  - Estou aqui!
   A borracha correu até uma vedação. Do outro lado, estava a família. A borracha agradeceu ao menino e foi embora com a sua família.

Ana Inês – 4.º ano
EB1 de Zambujeira do Mar, Fevereiro de 2015

A aventura das sementes
     Era uma vez uma família de sementes: uma aventureira, uma energética, uma vaidosa e uma inteligente.
     Foram adotadas por uma amendoeira.  Mas um dia, elas cairam para a terra. Passados anos, ficaram árvores enormes. Esperta sabia tudo, Aventureira andava em muitas aventuras; a Vaidosa era muito limpa, a Energética não parava e foi estragando tudo. Aí, as outras árvores disseram:
     - Pára Energética, vais estragar o Mundo.
     E a Esperta disse:
     - Precisamos de super-poderes!
     Foram para casa da Esperta, para tentar descobrir por onde andava a Energética. Conseguiram descobri-la e apanhá-la. Descobriram que ela estava doente; trataram-na e passaram a chamar-lhe Calma.

Afonso Viana – 3.º ano
EB1 de Zambujeira do Mar – 3.º ano


Uma aventura em Madrid

     Era uma vez três meninos e uma menina, que viviam em Coimbra. O Ricardo, o Gustavo e o Guilherme estavam a jogar futebol e a Madalena a ver o jogo.
     Jogavam no FCPorto, jogaram contra o Benfica e ganharam 3-1. O Guilherme marcou um golo de longe, o Ricardo marcou um golo de livre e o Gustavo marcou um golo de penalti. Estavam lá a ver o jogo dois olheiros. Perguntaram ao Gustavo, ao Ricardo e ao Guilherme se queriam ir jogar para o Real Madrid. Eles aceitaram.
     Compraram uma casa em Madrid e foram para lá viver com os pais. Eles eram irmãos.
     Quando chegaram a casa, foram tirar as malas e ver a casa. A casa tinha campo de futebol, uma piscina, um lago, quatro quartos, uma cozinha e uma sala grandes.
     Segunda-feira era dia de ir treinar, porque no sábado havia um jogo contra o Barcelona. Quando chegou sábado, os três foram convocados.
     O resultado do jogo foi: Real Madrid 5-1 Barcelona. Os golos foram marcados pelo Guilherme, três golos, o Gustavo, um golo e o Ricardo, um  golo.
     Eles tinham um amigo no Real Madrid. Segunda-feira, eles foram ao treino, menos o seu amigo, chamado Luís. Quando acabou o treino, eles foram à procura do amigo. Ouviam a voz dele atrás de um carro e foram espreitar; nisto, começou o despertador a tocar. Eram horas de acordar para ir para a escola. Afinal era só um sonho!

Guilherme Nunes da Costa – 3.º ano
EB1 de Zambujeira do Mar


O menino que queria acampar

     Havia um menino chamado Luís que queria acampar. Pediu aos pais  para irem acampar com os amigos. Os pais disseram  que não podiam porque tinham muito trabalho.
     Nos anos dele, os pais disseram que iam acampar com os amigos. Na segunda-feira, quando foi à escola disse aos seus amigos  Fernando, Bruno, Diogo e Mónica que, se quisessem podiam ir acampar com ele no sábado. E os dias foram passando.
     No sábado foram acampar. Na noite escura, ouviram lobos e ficaram assustados.

Merlin -3.º ano – fevereiro de 2015
EB1 de Zambujeira do Mar


                                           As gémeas separadas pelo destino


      Era uma vez uma menina chamada Alice, uma criança muito pobrezinha e humilde.
     Certo dia, ao passear pala rua, avistou ao longe uma menina muito triste. Foi em direção a ela e perguntou-lhe:
     -Porque estás a chorar?
     Erguendo a cabeça, respondeu-lhe com os olhos cheios de água:
    -Gostaria de brincar com as outras crianças, correr, andar de bicicleta, comer doces...
     Alice, muito curiosa, perguntou-lhe o nome e ela respondeu:
    -Aline!
    -O meu é Alice, mas porque choras? Tens uma bela casa, um belo vestido; todas as crianças como eu gostariam de ter isso.
     Aline então quis explicar-lhe que sua mãe a mantinha presa e nunca a deixava ser como as outras crianças. Foi então que ambas se acharam muito parecidas e tiveram a brilhante ideia de trocar as suas identidades. Alice entrou para dentro de casa já com as roupas de Aline e logo encontrou a mãe, que repetia várias vezes que estava atrasada para o almoço. Já Aline, estava maravilhada por sentir tamanha liberdade.
      Enquanto Alice sofria  com toda a maldade da mãe de Aline, que a obrigava a  comer todo o prato que vinha repleto de legumes coloridos e de sobremesa banana, uma fruta que Alice detestava. Mas como nem sempre a vida era um conto de fadas, a mãe de Alice, logo avistou Aline e apercebeu-se de que algo estava diferente. Passado algum tempo, conseguiu que Aline contasse a verdade, e logo foram ter à sua casa.
      Ao chegar a casa de  Aline, a mãe ficou surpreendida por ver que ela era a filha  que havia dado quando era bebé.
     E no meio de tantas  lágrimas no reencontro das duas mães, decidiram contar a verdade às meninas, que ficaram muito contentes e fizeram um pacto de que nunca  mais se iam separar, jamais enquanto  vivessem e  ambas levariam exemplo para toda a vida: de que na vida tudo  tem a medida certa e que a felicidade não se  deve ao luxo proveniente da riqueza e sim da simplicidade de pequenos momentos de partilha, de amor, de confraternização e solidariedade.
     Aline e Alice viveram felizes para sempre.

                    Isadora Silva
                          3.º ano – Eb1 Zambujeira do Mar
                                     26-2-2015

“Pezinhos de lã”

     Era uma vez um menino chamado João que tinha os pés cobertos de pelos. Os seus pés eram tão peludos que pareciam lã. Por isso, os meninos da aldeia, quando o João ia para a escola, chamavam-lhe “Pezinhos de lã”. O João já estava farto que lhe chamassem “Pezinhos de lã” e decidiu fugir da aldeia. Pelo caminho encontrou uma menina que estava descalça e não tinha roupa, e perguntou-lhe:
     -Porque é que andas descalça e sem roupa?
     -Porque sou pobre e não tenho dinheiro para comprar calçado e roupa. Eu fugi da minha aldeia porque todos me chamavam “Menina pobrezinha”.
     -Cá eu fugi da minha aldeia porque todos me chamavam “Pezinhos de lã” e chamavam-me isso porque eu tenho os pés cobertos de pelos e parecem lã.
     -Estou com frio!
     -Está ali uma casa, podemos pedir para dormir lá só uma noite
     -Boa ideia
     Chegaram perto da porta e bateram. Veio uma senhora abrir e o João perguntou :
     -Eu e a minha nova amiga, como não temos casa, podemos dormir na sua casa só uma noite?
     -Podem, mas só uma noite.
     -Obrigado, obrigado
     À noite, o João pensou:
     -E se eu cortasse os pelos dos meus pés e fizesse roupa e calçado para a minha nova amiga? Assim não lhe chamavam “Menina pobrezinha” e também não me chamavam “Pezinhos de lã”. E pensando, o João adormeceu.
      De manhã, o João disse à menina:
     -Vou à floresta.
     Estava já na floresta, começou a cortar os pelos dos seus pés e fez sapatos camisolas e saias. Quando chegou disse à sua nova amiga:
     -Tenho uma prenda para ti.
     Ela abriu a prenda e disse:
     -Ó que belo! Como arranjaste dinheiro para comprar isto?
     -Não foi com dinheiro, foi com os pelos dos meus pés.
     -A sério!?Obrigado!
     E assim, os “Pezinhos de lã “ do João foram importantes.

Ana Inês Reis Seabra Lourenço – 4.º ano –EB1 de Zambujeira do Mar
26-02-2015


O menino reguila

     Era uma vez um menino muito reguila chamado Miguel.. Um dia, a mãe perguntou-lhe:
      -Hoje vai faltar algum professor?
      - Não, porquê?
     - Era só para saber.
     Mas o Miguel ficou desconfiado. A mãe foi levá-lo à escola mas ele, em vez de ir para a escola, conseguiu esconder-se no porta-bagagens. Ele queria saber onde a mãe ia e ainda mais porque estava a chegar o Natal.
    Quando a mãe parou o carro no estacionamento do Centro Comercial onde ele tinha visto o presente que gostava, ficou radiante.
     A mãe saiu do carro e abriu o porta-bagagens para tirar os sacos para trazer as compras. Viu o Miguel e perguntou-lhe:
     - Que estás aqui a fazer?
     Ele arranjou uma desculpa para a mãe não ralhar com ele, mas a mãe disse-lhe que ele ia ficar no carro, de castigo.
     A mãe lá foi. Quando chegou ao carro, o Miguel só viu a mãe com os sacos cheios. E foram para casa.
   Os dias foram passando. Finalmente, chegou o dia 24 de dezembro. À noite estavam todos a dormir. O primo Gonçalo tinha chegado nesse dia. Ele atou uma corda ao pé do primo para ter a certeza que ele não saía de lá. E foi cuscar os presentes. Ele sabia que o primo lhe dava sempre meias e não gostava de meias. Trocou tudo o que dizia Miguel para o que dizia Gonçalo e foi-se deitar em bicos de pés, mas esqueceu-se de desatar os pés do primo.
      No dia 25, o Miguel acordou e disse:
     - Vamos abrir os presentes!
     Quando o primo estava a descer as escadas com a corda, caiu.        Por sorte, não se magoou. Quando foram abrir os presentes, estava tudo trocado. O Gonçalo focou com as meias e o Miguel ficou com a pistola de água, a escavadora e a pistola de lasers.


Margarida – 4.º ano

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